segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Quem se Importa?



O resto do mundo não se importa com o que sentimos e se somos felizes hoje ou se seremos um dia, nunca se importará, importância esta, que cabe a nós como os principais envolvidos nesta barganha sentimental, insistimos, negamos o que se sentimos, até onde me seguro com o que me resta em forças pra seguir em frente me apego na busca de renuncias de coisas que fazem com que me distraia e me desvie do objetivo e dos planos, renuncia até de coisas que preciso pra estar lúcido e consciente a cada dia, abstenho-me do meu sono por medo de sonhar e neste sonho ver planos ao longe, ver-lo sumindo, escorregando das minhas mãos e indo embora em um passo sem volta. Abstenho-me de apreciar o sol, pois o tal claro, belo e brilhante que representa imponência e clareza nas coisas, pra mim o brilho vem se perdendo a cada dia, assim como o que é guardado sem um propósito sem um zelo se perde, assim também se perde o que não é valor e nem objetivo de alguém, Abstenho-me do vento no rosto que traz serenidade, que traz emoção que traz a sensação de liberdade, sim, me abstenho, entrego-me a paredes e trancas e luzes artificiais a sons de vozes gravadas em melodias enquanto aprecio o vôo e a rotina de invertebrados viventes dos cantos e de frestas frias e sem luz, me prendo nos meus erros de antes na certeza de não cometê-los no hoje e quem dirá no amanhã. As renuncias as quais tenho me imposto são voluntárias, mas, elas são movidas por uma crença do que não foi vivido nem sentido com a intensidade devida e merecida, não pode ser desperdiçado e nem se pode ser escondido nem se pode ser guardado, precisa ser mostrado, precisa ser vivido, precisa ser sentido, precisa ter sentido, precisa fazer sentido.


Por: André Santana

0 comentários:

Postar um comentário

CoMeNtEm aÊ...